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terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Dicas para você produzir uma pesquisa de qualidade

 


A elaboração de um artigo científico não é uma tarefa simples, especialmente quando se está iniciando no meio acadêmico. São muitas dúvidas sobre por onde começar, como desenvolver o conteúdo, como definir o tema, que tipo de linguagem usar e tantas outras. Obviamente, o seu professor orientador estará apto a sanar muitos destes questionamentos, mas, para te ajudar, separamos algumas dicas que podem colaborar para a produção de uma pesquisa de qualidade.

Primeiramente, se você tiver um tema, leia sobre o que já foi feito sobre ele. É importante olhar para os vários conteúdos publicados na área, como artigos em revistas internacionais qualificadas e livros. Desta forma, você pode encontrar publicações que possam servir de base para o projeto. Esta pesquisa prévia é essencial também para a nossa segunda dica: apresente uma novidade. Uma pesquisa não é boa se ela não trouxer algo novo e relevante, portanto, ler conteúdos antes de iniciar, te ajuda a não ser repetitivo e ir em busca de algo novo sobre o assunto para trazer grandes contribuições científicas.

Pensando na escrita do trabalho, a nossa terceira dica é saber iniciar na hora certa. Não comece a escrever aleatoriamente, analise os dados, interprete e tenha uma ideia geral sobre a pesquisa antes de sair escrevendo. E por falar em escrita, não esqueça de manter uma lógica em seu texto. Observe se não há contradições e não esqueça que introdução, desenvolvimento e conclusão devem estar muito relacionados entre si. Seja coerente.

Sabemos também que, em alguns casos, especialmente para eventos, o pesquisador tem um número mínimo ou máximo de páginas. Tome cuidado com isso, saiba sintetizar e escrever na medida certa, apresentando todos os argumentos de maneira clara e objetiva. Quantidade nem sempre é qualidade. Lembre-se que, apesar de a ciência ter um caráter transdisciplinar, quando você escreve um artigo carregado de termos técnicos e palavras desconhecidas, ele tende a ficar restrito às pessoas da área. Seja claro e facilite o entendimento para futuras publicações.

Para finalizar, compartilhe os seus resultados. A divulgação da pesquisa é tão importante quanto a execução, afinal, de nada vale o conhecimento se ele não for compartilhado ao maior número de pessoas possível. Pesquise sobre editoras, revistas e divulgue o seu trabalho com empresas sérias, éticas e de qualidade. Não esqueça que a Atena Editora é o lugar certo para isso. A verdadeira casa do autor!

Fonte: Atena Editorahttps://www.atenaeditora.com.br/blog/dicas-para-voce-produzir-uma-pesquisa-de-qualidade/

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Conheça as 10 áreas mais consultadas na USP pela plataforma Science Direct

 


Listamos para você as 10 áreas de e-books que estão sendo mais consultadas na USP pela plataforma Science Direct, sendo que, 12% é da área de Ciências Agrárias. Para quem não sabe qual será sua próxima leitura, este guia pode tornar seu processo de escolha mais fácil. 
Confira:

12,45% | Medicine and Dentistry

12,11% | Agricultural and Biological Sciences

10,43% | Engineering

06,18% | Biochemistry, Genetics and Molecular Biology

05,89% | Computer Science

05,83% | Environmental Science

05,57% | Materials Science

04,68% | Earth and Planetary Sciences

04,60% | Mathematics

04,46% | Chemical Engineering


quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Por que publicar um artigo científico?

 


Um artigo científico é um tipo de texto acadêmico onde você escreve a sua pesquisa de forma estruturada. O artigo científico é o produto da sua pós-graduação deixado como legado para a ciência. Se não publicar o seu trabalho, você pode não conseguir o seu título de doutorado ou mestrado.

Você que é mestrando(a) ou doutorando(a), frequentemente se sente cobrado ou cobrada a publicar artigos científicos e não entende o porquê disso? Continue lendo esse post, onde vou te mostrar todos os lados desse mercado de publicação.

 

1. O que é e como escrever um artigo científico?

Um artigo científico é um tipo de texto acadêmico onde você irá escrever o que foi feito na sua pesquisa.

Para isso, é preciso ter um título, que dará ao leitor o entendimento sobre de que o seu artigo se trata.

Depois é preciso escrever quais foram as pessoas que fizeram parte dessa pesquisa.

A próxima seção que deve ser escrita é o resumo. O ideal é escrever o resumo depois que finalizar o artigo, pois você terá uma visão ampla do trabalho.

No resumo é preciso escrever uma breve introdução apresentando o problema que a pesquisa resolve, depois qual foi o objetivo geral do trabalho, quais métodos usou, os principais resultados e a conclusão que na verdade é uma resposta ao objetivo.

A próxima seção do artigo é a introdução, que deve ser entre uma e duas páginas. Nesta seção você deve descrever qual é o problema que a sua pesquisa resolve e o impacto que ele tem. Por que esse problema precisa ser estudado? O que falta de estudos nessa área? Qual o propósito da sua pesquisa? Finalize a introdução com o objetivo, ou seja, qual a pretensão em realizar essa pesquisa.

A próxima seção é a metodologia onde é preciso descrever exatamente tudo que foi feito para alcançar os resultados da pesquisa.

Se a revista permitir, escreva a seção de resultados e discussão de forma conjunta, não esqueça de comparar o seu resultado com outros estudos.

Por fim, escreva a conclusão, que não precisa ser longa e deve conter uma resposta ao objetivo e perspectivas do trabalho.

Na sequência vem referências, agradecimentos, onde você agradece as agências de fomento e/ou pesquisadores que ajudaram no projeto, mas que foi uma ajuda que não justificou ele entrar como autor, por exemplo, quando apenas emprestou o equipamento e não ajudou na escrita do artigo.

Algumas revistas pedem a seção de contribuições dos autores, onde é necessário escrever as iniciais de cada autor e exatamente o que ele fez no artigo.

Essa é uma excelente forma de justificar o número de autores no trabalho. Ou seja, só deve entrar, quem realmente ajudou.


2. Como definir a sequência de autores?

Aqui vou abrir um parêntese para compartilhar algo interessante que aconteceu comigo, para que você entenda a minha opinião sobre esse ponto.

Como você deve saber, eu fiz um ano do meu doutorado nos Estados Unidos e lá eu aprendi com o meu supervisor, que a ordem dos autores deve ser definida pela ordem de quem mais escreveu no texto.

Para você ter uma ideia, a gente contava o número de palavras que cada autor tinha escrito para definir quem seria o autor principal.

Eu acho essa forma fantástica, simplesmente porque é uma estratégia justa e correta. A gente aprende nas disciplinas de metodologia científica na pós-graduação, que só deve entrar no artigo, quem ajudou no processo de escrita.

Infelizmente, aqui no Brasil, não é feito exatamente dessa forma. Normalmente quem define a autoria do artigo e em que ordem os autores serão alocados, é o orientador. O que nem sempre é justo, pois acontece de pessoas que não ajudaram efetivamente na escrita do trabalho, entrarem como autor. Fecha parêntese.

Outra dúvida comum dos alunos é se a posição de primeiro autor, pode ser compartilhada por um segundo e quiçá um terceiro autor que igualmente colaborou no processo de escrita.

Pode sim, para tal, você coloca um asterisco no nome desses autores e escreve a seguinte sentença: ” *These authors contributed equally to this work.”


3. Quantas páginas deve ter um artigo?

Se esse é o primeiro artigo que você vai escrever, pode ficar pensando… quantas páginas um artigo deve ter?

Meus alunos sempre me perguntam isso.

Não existe um número limite de páginas.

Tradicionalmente os artigos são bem sucintos e diretos, ou seja, contam a história que deve ser dita e acabou.

Quando a revista diagrama o seu artigo, aquele manuscrito que tinha por exemplo, 35 páginas, só fica com 17.

Porque eles colocam no formato, usam fonte de letra menor e etc.

Agora uma coisa que é preciso ficar atento(a) é nas normas da revista… cada revista tem uma norma específica e alguns periódicos (=revista) limitam o número de páginas do artigo, por isso, nunca escreva, sem olhar as intruções da revista que pretende submeter, para já fazer tudo nas normas e não ter dor de cabeça e trabalho dobrado depois.


4. Por que publicar um artigo científico?

Se você é aquele(a) aluno(a) que já está mega cansado(a), com tudo dando errado, pensando em desistir, com certeza se faz essa pergunta todo dia.

Primeiro eu digo: força na peruca, pede ajuda aos universitários e vamos lá, juntos somos mais fortes. Aguente firme que jajá passa, no final dá tudo certo e só sobram as boas recordações.

Agora respondendo a pergunta: Se você não publicar a sua pesquisa, que tanto deu trabalho para ser executada, dificilmente alguém saberá que esse estudo foi feito.

Consequentemente ninguém usará a sua descoberta como base para futuras pesquisas e assim você não terá contribuído para construção de conhecimento que gera produtos para a sociedade.

Percebe a importância que o seu estudo tem?

O conhecimento científico é como se fosse um quebra-cabeça, você junta uma peça dali, outra daqui e chega a um produto diferente.

Imagine o que seria de nós, se os pesquisadores não trabalhassem incansavelmente pelo desenvolvimento de vacinas que garantem a nossa sobrevivência?

Estaríamos mortos.

E sempre tem artigo novo sobre algum tipo de vacina.

Esse é o lado bonito de publicar um artigo, disseminar as descobertas científicas.

Mas tem o outro lado…

Aqui no Brasil, você só defende o doutorado, se tiver artigo publicado. Essa não é uma realidade em todos os países do mundo.

E quando essa exigência existe, não há a métrica do qualis, que é uma medida inventada pelo Brasil, mas que facilmente poderia ser resolvida pelo fator de impacto, como se faz no resto do mundo.


5. Por que os professores precisam que os seus alunos publiquem?

Além da contribuição para a ciência e obrigatoriedade pelo programa de pós-graduação, seu (sua) orientador(a), fica toda hora te cobrando o artigo. E sabe por quê?

Porque ele só orienta no programa de pós-graduação e aprova projetos de pesquisa para arrecadar fundos e manter o grupo de pesquisa se mantiver a produtividade, que é medida atualmente pelo número de artigos que ele tem com o aluno.

Antigamente a métrica era baseada em número de publicações, foi aí que cresceram as parcerias entre os diferentes grupos de pesquisas e instituições e o aluno nem sempre era lembrado nos artigos.

Além disso, o programa só sobe de conceito/nota na CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), se tiver alta produtividade e internacionalização (quando há intercâmbio entre alunos de diversos países).

Quanto maior a nota do programa, mais recurso ele recebe para investir em pesquisa.

Percebe como esse é um círculo vicioso e que cada um de nós é uma pedra nesse dominó?

No final das contas, todos precisam uns dos outros, por isso a relação poderia ser mais saudável. Ao invés de ser tão baseada em cobrança, que só adoece e desestimula o aluno. E isso muitas vezes acontece, porque o aluno não entende as razões que estão envolvidas naquela cobrança absurda e na importância de publicar o seu trabalho.

Claro que quanto mais publicação você tiver, isso pode aumentar as suas chances em futuras oportunidades em um concurso, por exemplo, mas não é só isso.

Antes do seu currículo ser avaliado, é preciso passar em uma prova escrita … se você tiver muitos artigos, talvez nem todos sejam pontuados, a depender do barema, ou talvez nem chegue na etapa de análise de currículo.

Por isso, é preciso entender como o sistema funciona e traçar suas próprias estratégias. Dessa forma, você consegue caminhar menos estressado(a) e mais consciente nesse meio da pós-graduação.


6. Por que publicar artigos em inglês?

Grande parte das revistas de maior fator de impacto, ou seja, aquelas que são mais citadas e de maior renome são internacionais.

Os melhores resultados da ciência são publicados nessas revistas.

Porque a língua internacional da ciência é inglês.

Por isso que existe essa pressão para que se publique em inglês.

Inclusive muitas revistas brasileiras já estão incentivando a publicação em inglês dos artigos científicos, como uma forma de aumentar a visibilidade dos trabalhos publicados aqui.


7. Qual o lado negativo das publicações?

Mas visibilidade para quem?

O fato dos artigos serem publicados em inglês limita o público de leitores.

Para a gente ter ideia, muitos pesquisadores tem dificuldade com a língua, imagine se um leigo, como nossos pais ou avós, irão ter acesso a esses trabalhos?

Dificilmente esses trabalhos são de acesso da população. Até porque em muitos casos são publicados e mantidos em bases de dados pagas que limitam o acesso.

Sem contar que alguns desses artigos, para não dizer a maioria, são publicados em revistas que cobram valores altíssimos.

Por isso que logo no início desse post, chamei essa prática de mercado de publicações, onde só as grandes editoras ganham.

Pois os autores pagam para publicar, esse dinheiro pode vir de projetos ou do bolso dos pesquisadores.

Os avaliadores (também chamados de revisores ou referees) são voluntários, que não recebem nada por isso. Apenas um e-mail de agradecimento que serve de comprovante que você atuou como revisor(a) e que pode ser pontuado no currículo.

Essa prática de pagar para publicar limita grupos de pesquisa pequenos com poucos recursos.


Resumindo…

Execute sua pesquisa, publique o trabalho na melhor revista que você conseguir. Faça isso dentro de um planejamento próprio, saiba quantos artigos você precisa para atingir os seus objetivos e trace uma estratégia.

Lembre-se que o processo de uma publicação é demorado, então é importante estabelecer parcerias, inclusive com seus colegas da pós-graduação, para fazer isso fluir de forma mais rápida e efetiva.

Usufrua de tudo que você puder na pós-graduação, que por mais que seja um momento difícil, ele não volta.

Ignore o que for de negativo e plante todos os frutos que você precisa colher no futuro.

E lembre-se, estou sempre aqui para ajudar na escrita dos seus artigos =)


Repost de Blog.SejaPhD.com | Dra. paula Menezes | http://blog.sejaphd.com/por-que-publicar-um-artigo-cientifico/

quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Biblioteca da Esalq: eu recomendo!



Meu primeiro contato com a Biblioteca da ESALQ ocorreu há mais de meio século, no longínquo ano de 1958 quando estudante do segundo ano do Curso de Agronomia. Naquela época a Biblioteca ocupava grande parte do segundo andar do Prédio Principal e estava organizada em dois ambientes: a sala de leitura e o depósito do acervo. Entre esses dois ambientes um sisudo Sr. Arruda, o auxiliar de bibliotecário que atendia os raros alunos consulentes, passando-lhes uma ficha para ser preenchida com os dados da obra solicitada. 

Meio deslumbrado e um tanto embasbacado nessa primeira vez que adentrava uma biblioteca e biblioteca da USP, pergunto:

_O que faço com essa papeleta? A resposta veio rápida e em tom de advertência: 

_lsso não é papeleta! É uma Requisição de Material Bibliográfico! O senhor vai até aqueles fichários e lá procura as informações sobre a obra que está procurando, preenche a requisição e depois a entrega-me de volta, entendeu?

_Sim senhor! Respondi, meio gaguejante.

A partir daí o deslumbramento inicial foi desvanecendo a medida que remexia as pequenas fichas com nomes dos autores, títulos das obras, algumas outras informações e uns tantos números cuja utilidade não tinha a menor ideia. Encontrado o livro, preenchida a tal Requisição, voltamos ao bibliotecário sisudo que, aliás, tinha um insólito apelido: "Dezóito". Tirando os olhos do jornal e me olhando por cima do aro dos óculos, pegou a requisição, conferiu o preenchimento e depositou-a numa caixa sobre a mesa, dizendo: 

_O senhor pode passar amanhã, nesse mesmo horário, pegar o livro para consultá-lo aqui na sala de leitura. Material bibliográfico do acervo só sai da biblioteca com requisição assinada por professor catedrático, entendeu? 

_Sim senhor, entendi! Boa tarde. 

Desci a majestosa escadaria em mármore fazendo a mim mesmo uma solene promessa de nunca mais voltar à biblioteca da ESALQ durante todo o restante do curso. 

Relembrando esse fato, hoje sinto imensa satisfação ao entrar na Biblioteca Central da ESALQ e bem perceber as gigantescas mudanças ocorridas. Mais do que isso, perceber também que a equipe hoje gestora desse complexo instrumento de aquisição do saber acha-se sólida e profundamente preparada para enfrentar os desafios do avançar da modernidade tecnológica e da acelerada mudança nos paradigmas de acesso à informação. Parabéns a toda equipe de dedicados e eficientes funcionários e estagiários da meritória Biblioteca Central da ESALQ.

Eu recomendo!

Prof. Luiz Geraldo Mialhe


Luiz Geraldo Mialhe é Engenheiro Agrônomo, Professor Titular aposentado do Departamento de Engenharia Rural da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", da USP, Piracicaba, São Paulo, é autor dos livros:

  • Mialhe, Luiz Geraldo. Manual de mecanização agrícola. São Paulo: CERES, 1974 301 p. (esgotado);
  • Mialhe, Luiz Geraldo. Máquinas motoras na agricultura. São Paulo, EPU-EDUSP, 2 vol., 1980, 289 e 367 p. (esgotado); 
  • Mialhe, Luiz Geraldo. Máquinas agrícolas; ensaios e certificação. Piracicaba: FEALQ, 1996. 722p. (esgotado);
  • Mialhe, L.G.; Silva, C.G.; Galdino, A.M. Gestão da Manutenção da Malha Viária Municipal. Campinas, Millennium, 2006, 131 p.;
  • Mialhe, Luiz Geraldo. Máquinas agrícolas para plantio. Campinas, Millennium, 2012, 622 p. (no prelo).

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

 


Durante o mês de novembro de 2021, a Divisão de Biblioteca promoverá encontros online para capacitação em "Mendeley" para docentes, alunos e funcionários.

O Mendeley é um gestor de referência gratuito, desenvolvido pela empresa Elsevier, disponibilizado aos usuários para gerenciar, compartilhar, ler, anotar e editar artigos científicos. Auxilia na formatação de trabalhos acadêmicos (citações e referências) de acordo com normas nacionais e internacionais, possuindo mais de 8.000 estilos de referências, incluindo ABNT.

Confira a agenda e faça sua inscrição em bit.ly/inscricao-mendeley

Indicamos também materiais de apoio ao pesquisador:

Ficou com dúvida? Fale conosco: referencia.esalq@usp.br.

Office 365 está disponível para professores e alunos da USP



Você sabia que a Microsoft disponibiliza acesso gratuito ao Office 365 assim como a um drive remoto de 1Tb.

Para ter acesso a esses benefícios, basta efetuar o cadastramento indicando o e-mail da usp (@usp.br) no seguinte site:


Office 365 Education

Lembrando que somente a versão online está disponível gratuitamente.

A versão para download e instalação é paga e por assinatura anual e a Superintendência de Tecnologia da Informação - STI/USP não possui contrato com a Microsoft para essa versão.

A STI oferece gratuitamente os Aplicativos do Gsuite USP, através da conta de e-mail da USP, tais como, Documentos, Planilhas, Apresentações, Drive entre outros. 

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Por uma política de fortalecimento das bibliotecas da USP

 


Por:
Adriana Ferrari*
Márcia Saad**

Nossas bibliotecas são referência em praticamente todas as áreas do conhecimento e preservam, há décadas, a produção intelectual da nossa universidade. Também inspiraram e nortearam a criação de muitos sistemas de bibliotecas universitárias em todo Brasil.

Seu papel ao longo da história tem se mantido, ainda que seus fluxos e processos estejam em constante evolução, acompanhando o desenvolvimento da sociedade. O foco no acervo e no acúmulo de conhecimento, já reconhecido, tem se aprimorado e cada vez mais se encontra alinhado às necessidades informacionais da sua comunidade, tornando as bibliotecas um organismo vivo no ecossistema da comunicação acadêmico-científica.

A tecnologia dos serviços de descoberta e o uso otimizados de ferramentas e sistemas de informação apoiam docentes e alunos, economizando tempo e recursos no aprendizado e no desenvolvimento da pesquisa e da inovação.

Iniciativas de estímulo à integração das bibliotecas com os programas pedagógicos, linhas de pesquisa e programas de pós-graduação, são necessárias para o planejamento de soluções que atendam tais demandas. Além disso, o novo papel das bibliotecas implica em que nossas ações estejam alinhadas à Agenda 2030 e seus 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Uma delas é que bibliotecas sejam líderes no movimento do acesso aberto, colaborando e apoiando a construção de repositórios que não somente sejam direcionados à comunidade acadêmica, mas à sociedade em geral.

É imperativo mostrar a produção da USP além dos muros, apresentando seus resultados, que já estão colaborando no cumprimento dos ODS, além de reforçar o diálogo que possibilite entender as demandas das comunidades.

Assim, fica evidente que as bibliotecas da USP são muito mais do que suas coleções e se constituem em um patrimônio inestimável da sociedade. Podem, num curto espaço de tempo, voltar a ocupar o espaço de liderança no cenário nacional e, em conjunto com outros órgãos da Universidade, fortalecer, dentre outras ações estratégicas, as iniciativas relacionadas à Ciência Aberta.


*Adriana Ferrari é Chefe Técnica da Biblioteca Florestan Fernandes | USP/FFLCH.

**Marcia Saad  é Chefe Técnica da Divisão de Biblioteca da USP/ESALQ.

quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Conheça 10 dicas para estudar melhor, segundo a ciência

Estudar é mais uma das atividades em que focar na eficiência é mais benéfico do que na quantidade. Inclusive, segundo a ciência, estudar muito – prática chamada pelos especialistas de “overlearning” – prejudica o aprendizado.

Isso porque a capacidade das pessoas de relembrar um conteúdo tem um limite definitivamente menor do que sua capacidade de estudo.

Para aumentar a produtividade na hora de aprender - e diminuir tempo e estresse - o site americano que cataloga universidades Best Colleges compilou diversas dicas para estudar melhor (e menos!), comprovadas pela ciência.

10 dicas para estudar eficientemente, segundo especialistas

#1 Impeça a “curva do esquecimento”

Os cientistas começaram a explorar o fenômeno psicológico “curva do esquecimento” em 1885. Ainda hoje, continua sendo um fator importante a ser considerado quando se estuda. Essencialmente, ele diz que a primeira vez que você ouve uma aula ou estuda algo novo, tem a melhor chance de retenção, de até 80%, do que aprendeu apenas revendo o conteúdo novamente dentro de 24 horas.

E – bônus – isso tem um efeito cumulativo. Depois de uma semana, você terá capacidade de reter 100% das mesmas informações após apenas cinco minutos de análise. Geralmente, os psicólogos concordam que este tipo de intervalo estudando – e não estudando – é o melhor. Para otimizar seu tempo de estudo, aproxime-o mais do dia em que você teve contato com o material do que do dia da prova.


#2 Utilize material impresso

Tablets e outros meios eletrônicos são ótimos para conveniência e portabilidade. No entanto, pesquisas sugerem que, quando se trata de estudar na faculdade, os materiais impressos tradicionais ainda têm vantagem.

Mesmo que alguns pesquisadores argumentem que adotar novos hábitos ao usar uma interface digital melhora a experiência acadêmica, mais de 90% de alunos entrevistados em um estudo compreensivo disseram preferir uma cópia impressa a um dispositivo digital quando se trata de estudo e trabalho escolar.

Além disso, um professor de psicologia da Universidade de Leicester, na Inglaterra, descobriu que os alunos precisam de mais repetição para aprender quando leem na tela do computador em comparação a quando consultam apenas material impresso.


#3 Faça conexões


Muitos especialistas consideram que a diferença entre quem aprende rápido e devagar é a maneira como estudam: em vez de memorizar, os alunos mais rápidos fazem conexões entre as ideias.

Conhecido como aprendizagem contextual, o processo é crucial e exige que cada aluno personalize seus próprios métodos de aprendizagem, fazendo conexões que relacionem as informações para começar a se encaixar e fazer sentido.


#4 Estude quando estiver cansado – e descanse em seguida

A quarta das dicas para estudar melhor pode parecer contraintuitiva a princípio, de acordo com a ciência, faz sentido.

Estudar quando você está mais cansado imediatamente antes de dormir pode realmente ajudar seu cérebro a reter concentrações mais altas de habilidades novas, como falar uma língua estrangeira ou tocar um instrumento. Existe até um termo para isso: “sleep-learning” (em português, “aprendizado do sono”).

Isso porque o processo de consolidação da memória está em seu melhor momento durante o sono “de ondas lentas”. O que significa que a revisão do material antes de dormir pode realmente ajudar o cérebro a reter as informações.


#5 Não releia, relembre

Esse método de estudar foi tema em 2009, quando um professor de psicologia da Universidade de Washington em St. Louis publicou um artigo na Psychological Science aconselhando os alunos contra o hábito de leitura e releitura.

Segundo ele, ler e reler os materiais podem levar os estudantes a pensarem que conhecem bem o conteúdo, mesmo quando não é verdade.

Em vez disso, ele sugere que os alunos utilizem “recordação ativa”, fechando o livro e recitando tudo o que podem lembrar para praticar a memorização a longo prazo.


#6 Use o sistema Leitner

O sistema Leitner é o mais conhecido para utilizar “cartões de memorização”. Ele serve para que os estudantes aprendam o conteúdo com o qual estão menos familiarizados pela repetição.


Na prática, o aluno coloca todos os cartões com perguntas na caixa 1. Em seguida, pega cada cartão e tenta responder a pergunta. Se acertar a resposta, coloca-o na caixa 2. Se errar, deixa-o na caixa 1. O estudo passa para as caixas seguintes e a premissa permanece. A única diferença é que nas próximas se o estudante errar, deve voltar o cartão para a caixa anterior. Assim, os cartões na primeira caixa são estudados com mais frequência.


#7 Pense sobre o pensar

Especialistas defendem o uso do método testado e comprovado de aprendizagem chamado metacognição, ou “pensar sobre o pensar” – e essa é a sétima do compilado de dicas para estudar vindas da ciência.

Aplicado ao estudo, os alunos precisam avaliar constantemente seu nível de habilidade e progresso. Além disso, monitorar cuidadosamente seu bem-estar emocional quando realizam atividades potencialmente estressantes. A premissa é de que a metacognição ajude em uma retenção mais consciente e efetiva do conteúdo.


#8 Varie o conteúdo

Cientistas comprovaram que é melhor variar o tema ao estudar, em vez de se concentrar apenas em uma área. No entanto, é aceitável e até mesmo preferível unir campos de assuntos relacionadas ou semelhantes.

Por exemplo, em vez de apenas memorizar vocabulário em outro idioma, misture também a leitura. Se estiver estudando matemática, inclua vários conceitos juntos, em vez de apenas um.


#9 Mude de cenário

Embora isso possa ser óbvio para alguns alunos, outros podem esquecer que uma mudança tão simples quanto de cenário pode ter um grande impacto nas habilidades de aprendizado.

Um psicólogo da UCLA, por exemplo, apontou que trocar de local de estudo aumenta pode aumentar os níveis de retenção de informações e concentração.


Mudar de cômodo já é o bastante, mas os especialistas também
recomendam ir “um passo além” estudando ao ar livre


#10 Assuma o papel de “professor” 

Pesquisas mostram que os alunos têm melhor chances de recordação ao aprenderem novas informações quando têm a expectativa de ensiná-las a outra pessoa. Além disso, estudos também sugerem que os alunos se engajam mais e instintivamente buscam métodos de recordação e organização para o papel de “professor”.

Por isso, a última das dicas para estudar mais eficientemente é: de tiver oportunidade, experimente ensinar o que aprendeu a um colega ou até a um “colega imaginário”. O importante é ter a expectativa de “ser professor” desde o momento de estudo, porque é ela que proporciona os benefícios.


quarta-feira, 6 de outubro de 2021

7 Dicas para melhorar sua pesquisa e escrita acadêmica



Durante nosso caminho acadêmico até o diploma em algum momento você terá que fazer uma pesquisa e escrever um artigo científico. Seja no seu TCC, dissertação, tese ou quando for publicar um artigo, também conhecido como paper, em uma revista ou periódico científico.
Neste post vamos mostrar 7 dicas para melhorar sua pesquisa e escrita acadêmica e como desenvolver seu TCC, trabalho acadêmico ou tese.


1. Entenda sua pesquisa e seus objetivos

Meio óbvio, mas não a toa a número um. O mais importante de todos é entender o que está sendo feito, qual o impacto e o que você quer alcançar ao estudar determinado assunto e seus objetivos nessa caminhada.

É impressionante o número de pesquisadores que não sabem dizer com precisão qual sua pesquisa no momento. De fato, se a pessoa precisa consultar o orientador ou orientadora com frequência para assuntos simples sobre a pesquisa é sinal de que ainda não tem domínio o suficiente para dizer que a entendeu. Observe se você consegue explicar em poucas palavras o que está pesquisando para um leigo. Se sim, é provável que você tenha bem claro o que é sua pesquisa.


2. Tenha sempre uma pergunta em mente

O que move a pesquisa são as perguntas. Elas nos guiam e são o motivo pelo qual você começou a investigar um problema. Ter sempre uma pergunta em mente a ser respondida é uma ótima estratégia para manter sua pesquisa sempre em frente e também para não dispersar ao longo da jornada.


3. Divida seu objetivo principal em subetapas

Esta é uma dica que reúne elementos do primeiro e segundo tópico. De certo, dividir seu objetivo em várias perguntas é uma maneira muito eficiente de aumentar sua percepção de progresso e consequentemente sua motivação, organizar seu conteúdo a ser publicado e acelerar em direção à conclusão do trabalho.

Por exemplo, se o seu objetivo de pesquisa é responder se um tratamento é melhor que um controle, então você pode dividir esse macro em subetapas como: 

  • Coletar dados
  • Organizar os dados
  • Fazer análise exploratória
  • Escrever a descrição e coleta
  • Realizar comparação
  • Revisar a estatística
  • Escrever os resultados
  • Revisão geral
  • Etc

Veja como que a simples lista das etapas já dá nos dá uma satisfação de termos uma jornada muito bem definida e cada etapa completada é uma motivação extra para continuar.


4. Lide com uma coisa de cada vez

Ao dividir seu objetivo em subetapas como mencionado acima é normal querermos chegar logo no final e com isso atropelar etapas ou querer abraçar o mundo e fazer várias coisas ao mesmo tempo. Além disso, querer fazer várias coisas ao mesmo tempo é sinal de que talvez seu objetivo não esteja muito claro para você ou que seu caminho não está bem definido.

Porém, não podemos confundir exploração com falta de foco. É comum no início de uma pesquisa termos várias frentes de exploração e materiais de leitura, mas tudo deve ser em prol do compreendimento da pesquisa para que suas etapas sejam bem definidas. Ademais, imprevistos provavelmente irão ocorrer e ao lidar com várias coisas ao mesmo tempo pode ser prejudicial para tentar solucionar um eventual problema.


5. Reserve um tempo para leitura e atualização

A leitura é fundamental no início da pesquisa pois familiariza com o problema e ajuda a ter ideias baseado no que já foi feito. Além disso, o hábito da leitura é diretamente relacionado com uma escrita melhor.

Mesmo após traçar seu objetivo e começar a pesquisa de fato, manter o hábito da leitura e procurar atualização sobre pesquisas em sua área é de extrema importância para que sua pesquisa se mantenha relevante ou até mesmo para evitar um possível plágio quando duas pessoas pesquisam o mesmo problema.

Para isso, recomendamos o Google Acadêmico e o ArXiv para procurar pelas palavras chaves relevantes à sua pesquisa e se manter em dia.


6. Trabalhe com autonomia

A dependência em excesso da orientadora ou orientador pode ser prejudicial para o andamento da pesquisa e também para sua motivação.

Ainda mais, ao tratar a pesquisa como sua propriedade intelectual e sentir que realmente está contribuindo para o desenvolvimento da mesma é percebido um aumento razoável de motivação e facilidade de desenvolvimento de pesquisa e escrita. Não importa o nível de pesquisa, se é um TCC, dissertação, tese ou artigo, nem se está na graduação, mestrado ou doutorado; deve-se ter em mente que o trabalho é seu e você é também uma contribuição muito importante para o seu sucesso.


7. Peça ajuda e converse sobre sua pesquisa

Ao se ver bloqueado em algum momento por algo que lhe impeça de seguir adiante em sua pesquisa não hesite em pedir ajuda. Não precisa ser necessariamente de sua orientação, mas uma simples conversa com seus colegas pode lhe esclarecer muito apenas por falar em voz alta.

Além disso, quando tiver a oportunidade converse sobre sua pesquisa. Mostre-a para amigos, colegas e familiares. Isso irá fortalecer ainda mais seu vínculo sadio com ela e manter um laço social importante para não deixar sua motivação cair ao longo da jornada.


Fonte: SOS Estatística: https://sosestatistica.com.br/7-dicas-para-melhorar-sua-pesquisa-e-escrita-academica/

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Novo prazo de empréstimos das bibliotecas USP

 


Todas as datas de devolução de obras dos acervos das Bibliotecas da USP foram prorrogadas automaticamente até o dia 04 de outubro de 2021.

Os materiais emprestados poderão ser renovados de forma on-line por três vezes consecutivas, após a data de 04.10.2021, desde que o item não esteja atrasado ou reservado para outro usuário, antes de sua efetiva devolução ou renovação no Balcão da Biblioteca.

Em virtude da recomendação geral de minimizar os riscos inerentes à situação de pandemia, orientamos que os usuários entrem em contato por e-mail com a Biblioteca (biblioteca.esalq@usp.br), caso tenham dúvidas.

Biblioteca do LES estará fechada ao público até outubro de 2021

 


Em virtude da mudança do acervo, para novas instalações, a Biblioteca do Departamento de Economia, Administração e Sociologia estará fechada ao público até outubro de 2021.
Neste período, o acervo continuará disponível aos usuários por meio de agendamento no site da biblioteca.
Ressaltamos que os empréstimos/devoluções devem ser realizados exclusivamente na Biblioteca Central.

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

48 dicas de português para você acertar nos concursos e na vida

 

Existem competências obrigatórias para profissionais de qualquer área e o domínio do português é uma delas. Ainda assim, erros e dúvidas quanto ao uso correto da língua é uma constante, tanto nas relações pessoais quanto no mundo corporativo.

Erros frequentes refletem problemas na educação de base do brasileiro e muitas pessoas acabam ingressando no mercado de trabalho ou iniciando estudos para concursos públicos com muitas dúvidas.

Além de deficiências na formação básica, a falta de familiaridade com a escrita também contribui para o problema. Portanto, se você costuma consultar o dicionário e a internet para sanar dúvidas linguísticas pontuais, aproveite esse guia que preparamos com as principais dicas e algumas pegadinhas presentes na Língua Portuguesa para você acertar nos concursos públicos e nas conversas do dia-a-dia.
 
GRAFIA - ERROS E VARIAÇÕES

1. Menos ou Menos?
“Menas” não existe. Mesmo referindo-se a palavras femininas, use sempre menos.

2. Zero graus ou zero grau?
Zero está no singular, portanto, o substantivo grau deve acompanhá-lo na flexão. O correto é: Zero grau.
 
3. Quatorze ou catorze?
Você pode ficar à vontade para usar qualquer uma das formas, visto que ambas estão corretas.
 
4. Seje ou seja? Esteje ou esteja?
Esqueça o seje e o esteje. 
Essas palavras são usadas de forma errada na expressão oral.  
Seja e esteja são as opções corretas.
 
5. Troféis ou troféus?
Lembre-se: a terminação “éis” deve ser empregada apenas nas palavras terminadas em “el”, como papel, pastel, tonel, entre outras. 
Sendo assim, as palavras terminadas em “éu”, quando flexionadas no plural, devem levar a terminação “éus”. 
Portanto, o correto nesse caso é troféus, chapéus, céus, etc.
 
6. Ela quiz ou ela quis?
Assim como toda a conjugação do verbo querer (quiseram, quiseste, quisera, etc.), a palavra quis deve ser escrita com 's'. O correto, então, é ela quis.
 
7. Quite ou quites?
“Quite” deve concordar com o substantivo a que se refere. 
Se for no singular, podemos dizer que “o contribuinte está quite com a Receita Federal”, por exemplo. Já no plural, “os contribuintes estão quites com a Receita”.

8. Media ou medeia?
Há quatro verbos irregulares com final “iar”, são eles mediar, ansiar, incendiar e odiar. Todos se conjugam como “odiar”, portanto, o correto é medeio, anseio, incendeio e odeio. 
Exemplo: Ele sempre medeia os debates.

9. Ao meu ver ou a meu ver?
“Ao meu ver” não existe. O correto é “a meu ver”. 
Exemplo: A meu ver, o evento foi um sucesso.
 
10. A ou há
Para indicar tempo passado, usa-se o verbo haver. 
Exemplo: “Atuo no setor de controladoria há 15 anos”. O a, como expressão de tempo, é usado para indicar futuro ou distância. 

Exemplo: Falarei com o diretor daqui a cinco dias, ou, ele mora a duas horas do escritório”.
  
11. Retificar ou ratificar
Retificar refere-se ao ato de corrigir, emendar. Exemplo: Vou retificar os dados da empresa.
Ratificar significa confirmar, comprovar. Exemplo: Estávamos corretos. Os fatos ratificaram nossas previsões.
 
12. Tem ou têm?
Tem refere-se à 3ª pessoa do singular do verbo “ter” no Presente do Indicativo. Exemplo: Ela tem uma casa na praia.
Têm refere-se ao mesmo tempo verbal, porém na 3ª pessoa do plural. Exemplo: Elas têm uma casa na praia.
 
13. Fim de semana ou final de semana?
Fim é o contrário de início. Final é o contrário de inicial. O correto nesse caso é “Bom fim de semana”.
 
14. A par ou ao par?
No sentido de estar ciente, o correto é “a par”. Exemplo: Ele já está a par do ocorrido.
Use “ao par” somente para equivalência cambial. Exemplo: Há muito tempo, o dólar e o real estiveram quase ao par.
 
15. A princípio ou em princípio
A princípio equivale a “no início”. Exemplo: Achamos, a princípio, que ele estava falando a verdade.
Em princípio significa “em tese”. Exemplo: Em princípio, todo homem é igual perante a lei.
 
16. Senão ou se não?
Senão significa “a não ser”, “caso contrário”. Exemplo: “Nada fazia senão reclamar”.
Se não é usado nas orações subordinadas condicionais. Exemplo: Se não chover, poderemos sair.
 
17. Onde ou aonde?
Onde indica lugar em que algo ou alguém está e deve ser utilizado somente para substituir vocábulo que expressa a ideia de lugar. Exemplo: Onde coloquei minhas chaves?
Aonde também indica lugar em que algo ou alguém está, porém quando o verbo que se relacionar com “onde” exigir a preposição “a”, deve-se agregar esta preposição, formando assim o vocábulo “aonde”. Expressa a ideia de destino, movimento. Exemplo: Aonde você irá depois do trabalho?
 
18. Aceita-se ou aceitam-se?
Nesse caso, o verbo “aceitar” deve concordar com o sujeito se ele estiver no plural ou no singular. Exemplo: “Aceita-se animal de estimação” ou “Aceitam-se animais de estimação”

19. A fim ou Afim?
A locução a fim indica ideia de finalidade. Exemplo: Nós viemos a fim de discutir o projeto.
Afim é um adjetivo e significa semelhança. Exemplo: Eles têm ideias afins.
 
20. Despercebido ou desapercebido?
Despercebido significa sem atenção. Exemplo: As mudanças passaram despercebidas.
Desapercebido significa desprovido, desprevenido. Exemplo: Ele estava totalmente desapercebido de dinheiro.
 
21. Viagem ou viajem?
Viagem é substantivo. Exemplo: Fiz uma linda viagem.
Viajem é a flexão do verbo viajar no Presente do Subjuntivo e no Imperativo: Exemplo: Espero que eles viajem amanhã.
 
22. Mal ou mau?
Mal opõe-se a bem. Exemplo: O jogador estava mal posicionado
Mau é o posto de bom. Exemplo: Aquele homem é mau.
 
23. Perca ou perda?
Perca é verbo. Exemplo: Não perca as esperanças.
Perda é um substantivo. Exemplo: Há muita perda de tempo com banalidades.
 
24. Traz ou trás?
Traz é a conjugação do verbo “trazer” na 3ª pessoa do singular do Presente do Indicativo. Exemplo: Ela sempre traz os relatórios para a gerência.
Trás refere-se a parte posterior. Exemplo: Ele olhou para trás e viu o vulto.
 
25. Meio-dia e meio ou meio-dia e meia?
O correto é meio-dia e meia, pois o numeral fracionário concorda em gênero com a palavra hora: meio dia e meia hora.
 
26. Obrigado ou Obrigada?
Homens devem dizer "obrigado". Mulheres dizem "obrigada”.
 
 
CONCORDÂNCIA E PEGADINHAS

27. Para mim fazer ou para eu fazer?
Lembre-se do que dizia sua professora de português: “Mim não faz nada”. Mim é um pronome pessoal oblíquo, por isso não pode vir antes de um verbo exercendo função de sujeito em uma oração. Sendo assim, o correto é “para eu fazer”, “para eu falar”, “para eu estudar” e assim por diante.
 
28. São uma hora ou é uma hora?
O verbo deve concordar com as horas.
Exemplo: É uma hora da tarde.
Exemplo: São duas horas da tarde, são três horas da tarde e assim por diante.
 
29. Anexo
É preciso atenção para acertar nessa concordância.
Dizer que algo está em anexo é o mesmo que dizer que algo está anexado, por isso a palavra deve concordar com o substantivo a que ela se refere: Exemplo: Anexas seguem as cartas, ou, anexo segue o comprovante, ou ainda, os documentos solicitados estão anexos.
Em anexo é uma forma invariável, portanto, não vai para o feminino e nem para o plural: Exemplo: Em anexo, seguem as cartas. Segue o comprovante em anexo. Os documentos solicitados seguem em anexo.
 
30. Em vez de ou ao invés de?
“Em vez de” é usado como substituição. Exemplo: Em vez de elaborarmos um relatório, discutimos o assunto em reunião.
“Ao invés de” é usado como oposição. Exemplo: Subimos, ao invés de descer.
 
31. Ao encontro de ou de encontro a?
“Ao encontro de” dá ideia de harmonia, concordância. Exemplo: Os diretores estão satisfeitos, porque a atitude do gestor veio ao encontro do que desejavam.
“De encontro a” dá ideia de oposição. Exemplo: Os ideais do partido não estão indo de encontro a minha ideologia, por isso me afastei.
 
32. Através ou por meio?
Através expressa a ideia de atravessar. Exemplo: Ele olhava através da janela.
Por meio significa “por intermédio”. Exemplo: Os senadores sugerem que, por meio de lei complementar, os convênios sejam firmados com os estados. 

33. Precisa-se ou precisam-se?
Nesse caso, a partícula “se” tem a função de tornar o sujeito indeterminado, ou seja, o verbo permanece sempre no singular, sem variar para o plural mesmo que o sujeito o faça. Exemplo: Precisa-se de estagiários.
 
34. Implicar, implicar com ou implicar em?
No sentido de acarretar, o verbo “implicar” não admite preposição. Exemplo: O acidente implicou várias vítimas.
Já no sentido de ter implicância, a preposição exigida é “com”. Exemplo: Ele sempre implicava com os filhos.
E quando se refere a comprometimento, deve-se usar a preposição em. Exemplo: Ela implicou-se nos estudos e passou no concurso.
 
35. De mais ou demais?
Demais significa excessivamente e também pode significar “os outros”. Exemplo: Você trabalha demais.
De mais opõe-se a “de menos”. Exemplo: Alguns possuem regalias de mais, outros de menos.
 
36. Existe ou existem?
O verbo existir admite plural, diferentemente do verbo haver, que é impessoal.
Exemplo: Existem muitos problemas nesta empresa, ou existe apenas um problema nesta empresa.

37. Tão pouco ou tampouco?
Tão pouco corresponde a “muito pouco”. Exemplo: Trabalhamos muito e ganhamos tão pouco.
Tampouco corresponde a “também não”, “nem sequer”. Exemplo: Não compareceu ao trabalho, tampouco justificou sua ausência.
 
38. A nível de ou em nível de?
A expressão “em nível de” deve ser usada quando se refere a “âmbito”. Exemplo: A pesquisa será realizada em nível de direção.
Já o uso de “a nível de” significa “à mesma altura”. Exemplo: Estávamos ao nível do mar.
 
39. Chego ou chegado?
Chego é 1ª pessoa do Presente do Indicativo.
Exemplo: Eu sempre chego cedo.
Embora alguns verbos tenham dupla forma de particípio, como imprimido/impresso, frito/fritado e acendido/aceso, o único particípio do verbo chegar é chegado.
 
40. Meio ou meia?
No sentido de “um pouco”, a palavra “meio” é invariável. Exemplo: Ela estava meio nervosa na reunião.
Como numeral, meio deve concorda o substantivo. Exemplo: Ele comeu meia maçã, ou, ele comeu meio abacate.
 
41. Mas ou mais?
Mas é conjunção adversativa e significa “porém”. Exemplo: Gostaria de ter viajado, mas tive um imprevisto.
Mais é advérbio de intensidade. Exemplo: Adicione mais açúcar se quiser.
 
42. Descriminar ou discriminar?
Descriminar significa absolver, inocentar. Exemplo: O juiz descriminou o jovem acusado.
Discriminar significa separar, diferenciar. Exemplo: Os produtos estão discriminados na nota fiscal.

43. Faz ou fazem?
No sentido de tempo decorrido, o verbo “fazer” é impessoal, ou seja, só é usado no singular. Exemplo: Faz dois meses que trabalho nesta empresa.
Em outros sentidos, faz deve concordar com o sujeito. Exemplo: Eles fazem um bom trabalho.
 
 
CRASE

44. Palavras femininas
A crase deve ser empregada apenas diante de palavras femininas. Essa é a regra básica para quem quer aprender mais sobre seu uso.
Caso você fique em dúvida sobre quando utilizar o acento grave, substitua a palavra feminina por uma masculina: se o “a” virar “ao”, a palavra receberá o acento grave.
Exemplo:
- As amigas foram à confraternização de final de ano da empresa.
 
Agora substitua a palavra “confraternização” pela palavra “encontro”.
- As amigas foram ao encontro de final de ano da empresa.

45. Indicação de hora
Lembre-se de utilizar a crase em expressões que indiquem hora.
Exemplos:
- Às três horas começaremos a estudar.
- A partida de futebol terá início às 17h.
- Ele esteve aqui às 8h, mas foi embora porque não te encontrou.

Porém, quando as horas estiverem antecedidas das preposições “para”, “desde” e “até”, o artigo não receberá o acento indicador de crase.
Exemplos:
- Ele decidiu ir embora, pois estava esperando desde as 10h.
- Marcaram o encontro no restaurante para as 20h.
- Fique tranquilo, eu estarei no trabalho até as 9h.

46. Tempo, lugar e modo
Utilize a crase antes de locuções adverbiais femininas que expressam ideia de tempo, lugar e modo.
Exemplos:
- Às vezes chegamos mais cedo à escola.
- Ele terminou a prova às pressas, pois já passava do horário.

47. Palavras masculinas
A crase, na maioria das vezes, não ocorre antes de palavra masculina. Isso acontece porque antes de palavra masculina não ocorre o artigo “a”, indicador do gênero feminino.
Exemplos:
- O pagamento das dívidas foi feito a prazo.
- Os primos foram para a fazenda andar a cavalo.
- Tempere com pimenta e sal a gosto.
- Eles viajaram a bordo de uma aeronave moderna.
- Marcos foi a pé para o escritório.

Exceção:
Existe um caso em que o acento indicador de crase pode surgir antes de uma palavra masculina. Isso acontecerá quando a expressão “à moda de” estiver implícita na frase.
Exemplos:
- Ele cantou a canção à Roberto Carlos. (Ele cantou a canção à moda de Roberto Carlos).
- Ele fez um gol à Pele. (Ele fez um gol à moda de Pelé).
- Ele comprou sapatos à Luís XV. (Ele comprou sapatos à moda de Luís XV).

48. Casos em que a crase é opcional:
Antes dos pronomes possessivos femininos “minha”, “tua”, “nossa” e etc...
Nesses casos, o uso do artigo antes do pronome é opcional.
Exemplo:
- Eu devo satisfações à minha mãe, ou, eu devo satisfações a minha mãe.
Antes de substantivos femininos próprios.
Vale lembrar que, antes de nomes próprios femininos, o uso da crase é opcional, até porque o artigo antes do nome não é obrigatório.
Exemplos:
- Carlos fez um pedido à Mariana, ou, Carlos fez um pedido a Mariana.
- Se depois da preposição “até” houver uma palavra feminina que admita artigo, a crase será opcional.
Exemplo: Os amigos foram até à praça. Ou, os amigos foram até a praça.

Aproveite todas essas dicas e bons estudos!

Conteúdo produzido pela LFG, referência nacional em cursos preparatórios para concursos públicos e Exames da OAB, além de oferecer cursos de pós-graduação jurídica e MBA. Texto reproduzido de https://www.lfg.com.br/conteudos