Nossas bibliotecas são referência em praticamente todas as áreas do conhecimento e preservam, há décadas, a produção intelectual da nossa universidade. Também inspiraram e nortearam a criação de muitos sistemas de bibliotecas universitárias em todo Brasil.
Seu papel ao longo da história tem se mantido, ainda que seus fluxos e processos estejam em constante evolução, acompanhando o desenvolvimento da sociedade. O foco no acervo e no acúmulo de conhecimento, já reconhecido, tem se aprimorado e cada vez mais se encontra alinhado às necessidades informacionais da sua comunidade, tornando as bibliotecas um organismo vivo no ecossistema da comunicação acadêmico-científica.
A tecnologia dos serviços de descoberta e o uso otimizados de ferramentas e sistemas de informação apoiam docentes e alunos, economizando tempo e recursos no aprendizado e no desenvolvimento da pesquisa e da inovação.
Iniciativas de estímulo à integração das bibliotecas com os programas pedagógicos, linhas de pesquisa e programas de pós-graduação, são necessárias para o planejamento de soluções que atendam tais demandas. Além disso, o novo papel das bibliotecas implica em que nossas ações estejam alinhadas à Agenda 2030 e seus 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Uma delas é que bibliotecas sejam líderes no movimento do acesso aberto, colaborando e apoiando a construção de repositórios que não somente sejam direcionados à comunidade acadêmica, mas à sociedade em geral.
É imperativo mostrar a produção da USP além dos muros, apresentando seus resultados, que já estão colaborando no cumprimento dos ODS, além de reforçar o diálogo que possibilite entender as demandas das comunidades.
Assim, fica evidente que as bibliotecas da USP são muito mais do que suas coleções e se constituem em um patrimônio inestimável da sociedade. Podem, num curto espaço de tempo, voltar a ocupar o espaço de liderança no cenário nacional e, em conjunto com outros órgãos da Universidade, fortalecer, dentre outras ações estratégicas, as iniciativas relacionadas à Ciência Aberta.
*Adriana Ferrari é Chefe Técnica da Biblioteca Florestan Fernandes | USP/FFLCH.
**Marcia Saad é Chefe Técnica da Divisão de Biblioteca da USP/ESALQ.