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terça-feira, 25 de julho de 2017

Dicas para a redação científica | Laura Alves Martirani


A linguagem científica é de natureza argumentativa e não opinativa e pede um sujeito (autor) o mais racional e imparcial possível. Demanda objetividade e clareza. 



Assim como todo bom texto, precisa estar organizada em uma estrutura básica, com começo, meio e fim; ou introdução, desenvolvimento e finalização.

Do mesmo modo que no texto jornalístico, a redação científica também precisa responder às perguntas básicas da comunicação, os famosos “Qs” do lead jornalístico: o quê, quem, quando, em que lugar, por que, de que modo (como); podendo-se ainda acrescentar, em alguns casos, o quanto e o para quê. O que significa explicitar, delimitar, justificar e contextualizar.

A linguagem deve ser direta, empregando-se a sequência sujeito, verbo e predicado. É também recomendável trabalhar um assunto por parágrafo, evitar períodos longos, com mais de três linhas e cuidar da concordância verbal. 
Como dica geral recomenda-se aplicar a regra do menos é mais, quanto menos palavras usar para dizer uma coisa, melhor será.

Em trabalhos científicos, de modo diferente nos textos de tipo literário ou  poético,  é necessário evitar o emprego de termos e expressões ambíguas,  que possam denotar mais de um significado, diz-se também expressões abertas. A linguagem científica pede objetividade e precisão, é uma linguagem fechada. Assim sendo, na redação científica, é necessário definir bem o significado dos termos empregados, especialmente os conceitos de interesse estratégico e que tenham maior destaque. 

De modo geral, recomenda-se ser cauteloso nas afirmações, evitar exageros e generalizações de senso comum e estar consciente da possibilidade de erro, ou seja, considerar o contraditório. Deve-se, também, adotar uma postura ética, honesta e responsável. 

Por fim, é preciso ter em mente que a consistência do texto está diretamente relacionada à consistência da pesquisa, à coerência dos métodos, à validade dos resultados, importância do trabalho e qualidade da análise.■

(*) Professora Associada, Departamento de Economia, Administração e Sociologia, da ESALQ/USP – e-mail: lauramar@usp.br


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