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quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Conheça 10 dicas para estudar melhor, segundo a ciência

Estudar é mais uma das atividades em que focar na eficiência é mais benéfico do que na quantidade. Inclusive, segundo a ciência, estudar muito – prática chamada pelos especialistas de “overlearning” – prejudica o aprendizado.

Isso porque a capacidade das pessoas de relembrar um conteúdo tem um limite definitivamente menor do que sua capacidade de estudo.

Para aumentar a produtividade na hora de aprender - e diminuir tempo e estresse - o site americano que cataloga universidades Best Colleges compilou diversas dicas para estudar melhor (e menos!), comprovadas pela ciência.

10 dicas para estudar eficientemente, segundo especialistas

#1 Impeça a “curva do esquecimento”

Os cientistas começaram a explorar o fenômeno psicológico “curva do esquecimento” em 1885. Ainda hoje, continua sendo um fator importante a ser considerado quando se estuda. Essencialmente, ele diz que a primeira vez que você ouve uma aula ou estuda algo novo, tem a melhor chance de retenção, de até 80%, do que aprendeu apenas revendo o conteúdo novamente dentro de 24 horas.

E – bônus – isso tem um efeito cumulativo. Depois de uma semana, você terá capacidade de reter 100% das mesmas informações após apenas cinco minutos de análise. Geralmente, os psicólogos concordam que este tipo de intervalo estudando – e não estudando – é o melhor. Para otimizar seu tempo de estudo, aproxime-o mais do dia em que você teve contato com o material do que do dia da prova.


#2 Utilize material impresso

Tablets e outros meios eletrônicos são ótimos para conveniência e portabilidade. No entanto, pesquisas sugerem que, quando se trata de estudar na faculdade, os materiais impressos tradicionais ainda têm vantagem.

Mesmo que alguns pesquisadores argumentem que adotar novos hábitos ao usar uma interface digital melhora a experiência acadêmica, mais de 90% de alunos entrevistados em um estudo compreensivo disseram preferir uma cópia impressa a um dispositivo digital quando se trata de estudo e trabalho escolar.

Além disso, um professor de psicologia da Universidade de Leicester, na Inglaterra, descobriu que os alunos precisam de mais repetição para aprender quando leem na tela do computador em comparação a quando consultam apenas material impresso.


#3 Faça conexões


Muitos especialistas consideram que a diferença entre quem aprende rápido e devagar é a maneira como estudam: em vez de memorizar, os alunos mais rápidos fazem conexões entre as ideias.

Conhecido como aprendizagem contextual, o processo é crucial e exige que cada aluno personalize seus próprios métodos de aprendizagem, fazendo conexões que relacionem as informações para começar a se encaixar e fazer sentido.


#4 Estude quando estiver cansado – e descanse em seguida

A quarta das dicas para estudar melhor pode parecer contraintuitiva a princípio, de acordo com a ciência, faz sentido.

Estudar quando você está mais cansado imediatamente antes de dormir pode realmente ajudar seu cérebro a reter concentrações mais altas de habilidades novas, como falar uma língua estrangeira ou tocar um instrumento. Existe até um termo para isso: “sleep-learning” (em português, “aprendizado do sono”).

Isso porque o processo de consolidação da memória está em seu melhor momento durante o sono “de ondas lentas”. O que significa que a revisão do material antes de dormir pode realmente ajudar o cérebro a reter as informações.


#5 Não releia, relembre

Esse método de estudar foi tema em 2009, quando um professor de psicologia da Universidade de Washington em St. Louis publicou um artigo na Psychological Science aconselhando os alunos contra o hábito de leitura e releitura.

Segundo ele, ler e reler os materiais podem levar os estudantes a pensarem que conhecem bem o conteúdo, mesmo quando não é verdade.

Em vez disso, ele sugere que os alunos utilizem “recordação ativa”, fechando o livro e recitando tudo o que podem lembrar para praticar a memorização a longo prazo.


#6 Use o sistema Leitner

O sistema Leitner é o mais conhecido para utilizar “cartões de memorização”. Ele serve para que os estudantes aprendam o conteúdo com o qual estão menos familiarizados pela repetição.


Na prática, o aluno coloca todos os cartões com perguntas na caixa 1. Em seguida, pega cada cartão e tenta responder a pergunta. Se acertar a resposta, coloca-o na caixa 2. Se errar, deixa-o na caixa 1. O estudo passa para as caixas seguintes e a premissa permanece. A única diferença é que nas próximas se o estudante errar, deve voltar o cartão para a caixa anterior. Assim, os cartões na primeira caixa são estudados com mais frequência.


#7 Pense sobre o pensar

Especialistas defendem o uso do método testado e comprovado de aprendizagem chamado metacognição, ou “pensar sobre o pensar” – e essa é a sétima do compilado de dicas para estudar vindas da ciência.

Aplicado ao estudo, os alunos precisam avaliar constantemente seu nível de habilidade e progresso. Além disso, monitorar cuidadosamente seu bem-estar emocional quando realizam atividades potencialmente estressantes. A premissa é de que a metacognição ajude em uma retenção mais consciente e efetiva do conteúdo.


#8 Varie o conteúdo

Cientistas comprovaram que é melhor variar o tema ao estudar, em vez de se concentrar apenas em uma área. No entanto, é aceitável e até mesmo preferível unir campos de assuntos relacionadas ou semelhantes.

Por exemplo, em vez de apenas memorizar vocabulário em outro idioma, misture também a leitura. Se estiver estudando matemática, inclua vários conceitos juntos, em vez de apenas um.


#9 Mude de cenário

Embora isso possa ser óbvio para alguns alunos, outros podem esquecer que uma mudança tão simples quanto de cenário pode ter um grande impacto nas habilidades de aprendizado.

Um psicólogo da UCLA, por exemplo, apontou que trocar de local de estudo aumenta pode aumentar os níveis de retenção de informações e concentração.


Mudar de cômodo já é o bastante, mas os especialistas também
recomendam ir “um passo além” estudando ao ar livre


#10 Assuma o papel de “professor” 

Pesquisas mostram que os alunos têm melhor chances de recordação ao aprenderem novas informações quando têm a expectativa de ensiná-las a outra pessoa. Além disso, estudos também sugerem que os alunos se engajam mais e instintivamente buscam métodos de recordação e organização para o papel de “professor”.

Por isso, a última das dicas para estudar mais eficientemente é: de tiver oportunidade, experimente ensinar o que aprendeu a um colega ou até a um “colega imaginário”. O importante é ter a expectativa de “ser professor” desde o momento de estudo, porque é ela que proporciona os benefícios.


quarta-feira, 6 de outubro de 2021

7 Dicas para melhorar sua pesquisa e escrita acadêmica



Durante nosso caminho acadêmico até o diploma em algum momento você terá que fazer uma pesquisa e escrever um artigo científico. Seja no seu TCC, dissertação, tese ou quando for publicar um artigo, também conhecido como paper, em uma revista ou periódico científico.
Neste post vamos mostrar 7 dicas para melhorar sua pesquisa e escrita acadêmica e como desenvolver seu TCC, trabalho acadêmico ou tese.


1. Entenda sua pesquisa e seus objetivos

Meio óbvio, mas não a toa a número um. O mais importante de todos é entender o que está sendo feito, qual o impacto e o que você quer alcançar ao estudar determinado assunto e seus objetivos nessa caminhada.

É impressionante o número de pesquisadores que não sabem dizer com precisão qual sua pesquisa no momento. De fato, se a pessoa precisa consultar o orientador ou orientadora com frequência para assuntos simples sobre a pesquisa é sinal de que ainda não tem domínio o suficiente para dizer que a entendeu. Observe se você consegue explicar em poucas palavras o que está pesquisando para um leigo. Se sim, é provável que você tenha bem claro o que é sua pesquisa.


2. Tenha sempre uma pergunta em mente

O que move a pesquisa são as perguntas. Elas nos guiam e são o motivo pelo qual você começou a investigar um problema. Ter sempre uma pergunta em mente a ser respondida é uma ótima estratégia para manter sua pesquisa sempre em frente e também para não dispersar ao longo da jornada.


3. Divida seu objetivo principal em subetapas

Esta é uma dica que reúne elementos do primeiro e segundo tópico. De certo, dividir seu objetivo em várias perguntas é uma maneira muito eficiente de aumentar sua percepção de progresso e consequentemente sua motivação, organizar seu conteúdo a ser publicado e acelerar em direção à conclusão do trabalho.

Por exemplo, se o seu objetivo de pesquisa é responder se um tratamento é melhor que um controle, então você pode dividir esse macro em subetapas como: 

  • Coletar dados
  • Organizar os dados
  • Fazer análise exploratória
  • Escrever a descrição e coleta
  • Realizar comparação
  • Revisar a estatística
  • Escrever os resultados
  • Revisão geral
  • Etc

Veja como que a simples lista das etapas já dá nos dá uma satisfação de termos uma jornada muito bem definida e cada etapa completada é uma motivação extra para continuar.


4. Lide com uma coisa de cada vez

Ao dividir seu objetivo em subetapas como mencionado acima é normal querermos chegar logo no final e com isso atropelar etapas ou querer abraçar o mundo e fazer várias coisas ao mesmo tempo. Além disso, querer fazer várias coisas ao mesmo tempo é sinal de que talvez seu objetivo não esteja muito claro para você ou que seu caminho não está bem definido.

Porém, não podemos confundir exploração com falta de foco. É comum no início de uma pesquisa termos várias frentes de exploração e materiais de leitura, mas tudo deve ser em prol do compreendimento da pesquisa para que suas etapas sejam bem definidas. Ademais, imprevistos provavelmente irão ocorrer e ao lidar com várias coisas ao mesmo tempo pode ser prejudicial para tentar solucionar um eventual problema.


5. Reserve um tempo para leitura e atualização

A leitura é fundamental no início da pesquisa pois familiariza com o problema e ajuda a ter ideias baseado no que já foi feito. Além disso, o hábito da leitura é diretamente relacionado com uma escrita melhor.

Mesmo após traçar seu objetivo e começar a pesquisa de fato, manter o hábito da leitura e procurar atualização sobre pesquisas em sua área é de extrema importância para que sua pesquisa se mantenha relevante ou até mesmo para evitar um possível plágio quando duas pessoas pesquisam o mesmo problema.

Para isso, recomendamos o Google Acadêmico e o ArXiv para procurar pelas palavras chaves relevantes à sua pesquisa e se manter em dia.


6. Trabalhe com autonomia

A dependência em excesso da orientadora ou orientador pode ser prejudicial para o andamento da pesquisa e também para sua motivação.

Ainda mais, ao tratar a pesquisa como sua propriedade intelectual e sentir que realmente está contribuindo para o desenvolvimento da mesma é percebido um aumento razoável de motivação e facilidade de desenvolvimento de pesquisa e escrita. Não importa o nível de pesquisa, se é um TCC, dissertação, tese ou artigo, nem se está na graduação, mestrado ou doutorado; deve-se ter em mente que o trabalho é seu e você é também uma contribuição muito importante para o seu sucesso.


7. Peça ajuda e converse sobre sua pesquisa

Ao se ver bloqueado em algum momento por algo que lhe impeça de seguir adiante em sua pesquisa não hesite em pedir ajuda. Não precisa ser necessariamente de sua orientação, mas uma simples conversa com seus colegas pode lhe esclarecer muito apenas por falar em voz alta.

Além disso, quando tiver a oportunidade converse sobre sua pesquisa. Mostre-a para amigos, colegas e familiares. Isso irá fortalecer ainda mais seu vínculo sadio com ela e manter um laço social importante para não deixar sua motivação cair ao longo da jornada.


Fonte: SOS Estatística: https://sosestatistica.com.br/7-dicas-para-melhorar-sua-pesquisa-e-escrita-academica/